8 de fevereiro de 2011

A Bela Adormecida

Eu bem tentei. Tirei-a do ovo, despi-lhe o casaco, dei-lhe beijinhos, apertei-lhe os pés. Não era nada com ela. Às tantas, lá acordou e, depois de muito espreguiçar o sono, fez aquele biquinho de quem “está a aprender”, como diz a avó, ou de quem acabou de acordar e está a avaliar a situação, como digo eu. Eu, excitadíssima por ela ter finalmente acordado, segui os exercícios com diligência e pratiquei yoga com a minha bebé pela primeira vez. Ela, nos míseros cinco minutos em que se manteve acordada, colaborou e, atrevo-me a dizer, até gostou. Mas depois voltou a cair num sono profundo e assim ficou o resto da aula. Como uma Bela Adormecida a quem nem um Príncipe Encantado valeria. Só me restou esperar, desconsolada, que as outras mamãs terminassem a aula. A professora, uma querida, disse-me para voltar daí umas semanas e foi assim que fomos gentilmente escorraçadas da aula de Babyoga.
Chego a casa e oiço um fofinho “eu bem te disse que ela ainda era muito pequenina”. Mas às vezes é difícil distinguir as actividades que são para os bebés daquelas que são para as mães. E nesta altura do campeonato qualquer desculpa que me obrigue a sair de casa é uma excelente desculpa.
Pena a ventania.
Lembrem-me para não voltar a ter bebés no Inverno.

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