14 de fevereiro de 2011

Das parecenças

Nisto das parecenças é inevitável, cada um puxa a brasa à sua sardinha. A família paterna diz que ela é a cara chapada do pai, a família materna diz que não, não, ela sai é à mãe. Depois ainda há os amigos e os pais dos amigos e até a mulher-a-dias que, ou porque se sentem no dever de dizer alguma coisa ou porque querem agradar à respectiva parte, afiançam que sai ora a um ora a outro.
O que vale é que toda a gente gosta de mandar o seu bitaite. E a gente nem leva a mal. Até acha graça, na verdade, porque entre tantas opiniões há sempre aquelas que se destacam e nos fazem sorrir. Seja por penderem para o nosso lado, seja pela ironia da frase ("Ela é tão linda! Deve sair ao pai..."), seja por serem tão caricatas. Diria que é como o totoloto, não fosse a balança pesar mais para o lado do pai. Mas eu não me importo nada. Tanto que, como me asseguraram no outro dia, o olhar dela quando faz assim é tal e qual a mãe! Assim como a sobrancelha esquerda! Há lá maior motivo de orgulho?!

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